Brasília, 01 de agosto de 2012
CJ – C – Nº 0716/12
Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.
Não temos dúvidas de que a JMJ, além do benefício para o impulso da evangelização
da juventude, traz, para o jovem, um profundo questionamento a respeito do
sentido da vida. Cada uma de nossas Paróquias e Comunidades é chamada a
aproveitar deste momento ímpar de nossa história, garantindo condições
favoráveis às novas gerações para que elas possam responder com alegria ao
chamado de Deus: “Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se
tornem ‘lugar’ de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda,
oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e
vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor
de Deus, que guarda em si mesma cada vocação” (Bento XVI, 49º. Dia Mundial de
Oração pelas Vocações).
Estamos entrando no mês vocacional – Agosto. O que nossas Comunidades
estão preparando, à luz da JMJ, para que cada adolescente e jovem receba a
ajuda adequada para o seu discernimento vocacional? Nenhum deles deveria passar
pelas nossas catequeses, encontros, grupos, organizações sem receber este auxílio
que faz a diferença na sua realização pessoal, no dinamismo eclesial, na
realidade social.
Todos são responsáveis por promover uma verdadeira ‘cultura vocacional’
em nossos ambientes. O apelo vocacional da JMJ nos questiona:
- nossa Catequese tem atraído as novas gerações para a reflexão vocacional?
- nossos jovens são apaixonados discípulos missionários de Jesus Cristo?
- como promovemos a vocação matrimonial na cultura juvenil atual?
- quantas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias estão surgindo na paróquia?
- os jovens conhecem a vocação do/a leigo/a consagrado/a e da vida monástica?
Não nos esqueçamos: uma Comunidade que não suscita vocações para a
continuidade de sua missão é estéril. Somos ou não somos fecundos em nossas
palavras, atividades e testemunhos? Entre tantas propostas, desafiemos nossas
Comunidades em suscitar, anualmente, ao menos uma vocação para a vida
sacerdotal ou religiosa.
A JMJ nos presenteia com este clima favorável para se trabalhar a
questão vocacional. Não percamos tempo nem privemos nossos jovens deste seu
‘direito existencial’! Os jovens estão motivados a uma entrega mais radical a
favor de Jesus Cristo e do seu Evangelho. O que lhes oferecemos? Abramos nossos
olhos! Ousemos propostas cativantes! Não tenhamos receio de fazer nossas, as
vibrantes palavras de nosso Papa Bento XVI: “Queridos jovens, não tenham medo
do chamado de Cristo para a vida religiosa, monástica, missionária ou ao
sacerdócio. Estejam certos que Ele enche de alegria aquele que, dedicando a vida
nesta perspectiva, responde ao seu envio deixando tudo para permanecer com Ele
e dedicar-se de coração inteiramente a serviço dos outros. Do mesmo modo,
grande é alegria que Ele reserva ao homem e à mulher que se doa totalmente um
ou outro em matrimônio para constituir uma família e tornar-se sinal do amor de
Cristo por sua Igreja” (27º. Dia Mundial da Juventude).
Maria, modelo de busca e resposta vocacional, inspire nossos corações a
favor dos jovens que anseiam por uma vida com sentido. Confiemos a ela nossa
própria vocação para que os jovens se sintam motivados com o nosso testemunho
de alegres discípulos missionários de Jesus Cristo. Confiemos a ela,
principalmente, as vocações que Deus está suscitando em nosso meio por ocasião
da Jornada Mundial da Juventude - Rio 2013.
Dom
Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente
da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ)
Fonte: Setor Juventude da CNBB.
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